Lar Ciência Cientistas australianos pretendem transformar as moscas em biofábricas para reciclar resíduos perigosos

Cientistas australianos pretendem transformar as moscas em biofábricas para reciclar resíduos perigosos

por Vasco Davi de Sá

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Goste-se ou não, a exploração de insectos à escala industrial é fundamental para a sobrevivência da raça humana. Uma nova confirmação desta tese veio da Universidade de Macquarie, onde se pretende modificar geneticamente uma espécie de inseto de duas asas Hermetia illucens, também conhecida como leoa negra. Graças aos esforços humanos, este inseto já se espalhou pelo planeta e adaptou-se perfeitamente à vida nas regiões quentes.

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A mosca-leão não é apenas um necrófago típico, mas um extremamente eficiente. O ciclo de vida deste inseto baseia-se na transformação de resíduos orgânicos e as suas larvas têm um apetite incrível. Por conseguinte, há muito que são utilizadas para reciclar o lixo e como fonte de proteínas – as larvas de Hermetia illucens são criadas para alimentar o gado.
As leoas têm um tempo de vida limitado, pelo que a evolução lhes conferiu a capacidade de ganhar massa muito rapidamente, bem como de comer substâncias perigosas. É exatamente nisto que os cientistas estão a trabalhar, tentando ensinar as crias de leão a absorver resíduos industriais, substâncias tóxicas, plástico “eterno” e materiais semelhantes.

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